domingo, 22 de agosto de 2010

O livro de Atos 7 – O poder da ressurreição

Mensagem do dia 22 de agosto de 2010
Primeira Igreja Batista
Pr. Marcos Coelho Ramos



Texto: Atos 2:37-41

1. É um Cristo ressuscitado que derrama o Espírito Santo
2. Nossa luta contra a morte


3. O fruto do pecado

4. O fruto do Espírito Santo


Introdução
   Este é considerado o primeiro sermão da era cristã. Foi pregado pelo Apóstolo Pedro e está dividido em duas partes:
1ª. Atos 2:14-21
2ª. Atos 2:22-36
   O que Pedro fala de tão extraordinário que exige dos seus ouvintes uma resposta: “Que faremos?” “Como é que passaremos a viver a partir de tudo isso que ouvimos você dizer?”
   O que foi que Pedro falou que gerou essa reação nos ouvintes?
1.  Que o Espírito Santo de Deus havia sido derramado sobre toda a carne – Atos 2:17
2.  Existiu um fenômeno como comprovação que o cumprimento da promessa feita por Deus através dos profetas do Antigo Testamento estava acontecendo no dia de Pentecostes – Atos 2:5-8
   De repente, no verso 22, Pedro muda de assunto: versos 22-24; 32-34; 36-37
   Pedro está vinculando alguns eventos e o derramar do Espírito Santo ao fato de que Jesus assassinado na Cruz do Calvário, foi ressuscitado de entre os mortos, e tendo sido exaltado e colocado à direita do Pai, derramou o Espírito Santo.

1. É um Cristo ressuscitado que derrama o Espírito Santo
   Pedro associa o derramar do Espírito Santo ao Cristo ressurreto e ao fazer essa associação, ele coloca em evidência que a ressurreição de Jesus Cristo é uma pedra fundamental na construção da experiência espiritual cristã.
   E então, os Apóstolos passam a pregar um evangelho que afirma categoricamente a ressurreição. O testemunho dos Apóstolos era praticamente e exclusivamente a respeito da ressurreição.
ð Atos 3:15; 4:2; 10
   Essa experiência da ressurreição entretanto, não causou tanto efeito no mundo antigo, pois já existia muitas experiências de ressurreição:
O filho da viúva da cidade de Naim – Lucas 7:11-16
Lázaro – João 11:38-44
   A ressurreição não era um fato estranho para aquele tempo.
   Na história romana também, havia estórias de mortos que apareceram depois de mortos e falavam com as pessoas:
A Ilíada de Homero
A Eneida de Virgílio
   A Ilíada contava a história de Aquiles, o grego e Heitor, o príncipe de Troia que foi morto por Aquiles e queimado. A Ilíada termina com a queima do corpo de Heitor.
   Na Eneida tem a continuidade da estória e Heitor aparece para Enéias, que se torna o avó de Júlio César, pai de Otávio, que proclama Júlio César como deus e se torna Deus, cria um evangelho de paz que deve ser pregado por todo reino de Roma.
   No entanto, na experiência cristã, a ressurreição de Jesus Cristo ganha um significado todo especial por 3 razões:
1ª. Nas experiências narradas no evangelho, as pessoas ressuscitadas morrem novamente. Jesus ressuscita e não morre mais. Vai para o céu e está exaltado à direita do Pai.
2ª. As aparições dos mortos eram tratadas na antiguidade, não tanto como ressurreições, mas principalmente como visões e sonhos, mas não como ressurreições: “Heitor apareceu depois de morto”. Os discípulos de Jesus dizem diferente: “Jesus ressuscitou, apareceu a eles e ficou 40 dias no meio deles, andando, comendo e sendo visto em carne e osso com eles. Não foi um sonho, visão ou revelação. Jesus esteve com eles vivo.
3ª.  Com a ressurreição de Jesus Cristo abre-se a porta para que seja ensinada a ressurreição de todos os que morrem. Com a ressurreição de Jesus, os Apóstolos começam a ensinar que todos vamos ressuscitar – 1 Coríntios 15:13-20
   A ressurreição de Jesus iniciava um novo período na história da humanidade, chamado pelo Apóstolo Pedro, citando o profeta Joel de “últimos dias” dizendo que
   “nos últimos dias, Deus derramaria do Seu Espírito Santo, e uma vez derramado, o Espírito Santo se uniria ao espírito humano, e o espírito humano unido ao Espírito Santo, agora não morre mais, terá vida eterna”.
   O que Pedro está dizendo é que a ressurreição de Jesus inaugura esses últimos dias, porque o Espírito Santo já foi derramado em toda a carne.
    Alguém poderia perguntar: “E onde está o humano que recebeu a vida que não morre mais?” A resposta: JESUS CRISTO.
   Paulo diz que Ele é a primicia dos que dormem, que Ele foi o primeiro da raça humana que ressuscitou nessa promessa de ressuscitar para não morrer jamais e nós também ressuscitaremos um dia e a morte, que hoje está entre nós, será vencida – 1 Coríntios 15:54-58
  Cristo foi o primeiro a ressuscitar e depois, todos vamos ressuscitar. Os últimos dias já começaram. O Espírito Santo já está derramado e morando em todos que entregam suas vidas ao Jesus Cristo que foi morto, mas ressuscitou e nos ressuscitará um dia para vivermos para sempre com Ele no céu. Aleluia!

2. Nossa luta contra a morte
   Todos nascemos com a tendência a praticar a maldade.
   Muitos pensam que vamos morrer por causa da idade, doença ou da finitude humana que tem um limite de tempo de vida.
   Mas, a morte não é por causa da doença ou idade. Ela foi causada pela maldição de termos pecado. Deus disse para Adão que não comesse do fruto proibido, caso contrário, morreria – Gênesis 2:15-17
   Portanto, com toda evolução da ciência para dar uma qualidade de vida melhor e maior ao ser humano, sempre esbarrará na questão inexorável da morte, pois ela chegará, mais cedo ou mais tarde, pois a morte é fruto do pecado – Tiago 1:15

3. O fruto do pecado
   Além da morte, o pecado gerou em cada um dos seres humanos, um ímpeto pela maldade, que somente poderá ser vencido quando vivemos pelo Espírito – Gálatas 5:16
   Quais são as obras de nosso ímpeto de maldade dentro de nós e que nos leva à morte? – Gálatas 5:19-21

4. O fruto do Espírito Santo
   Mas se vivemos e andamos no Espírito, se somos guiados por Ele, vamos produzir algo diferente – Gálatas 5:22-23
   Se vivemos pelo Espírito Santo, dominados por Ele, vamos produzir o fruto do Espírito e não mais seremos dominados pelo nosso ímpeto de maldade gerado pelo pecado que em nós habita.
   Vamos então matar o domínio do pecado em nós e não mais matar a Deus e ao próximo.
   Isso quer dizer que não praticamos mais a maldade? Não! Mas não praticaremos a maldade perfeita, maldosa. Se for possível dizer, seremos maldosos bonzinhos. Por quê? Porque a presença do Espírito Santo em nós traz culpa, a consciência pesa e então, vamos nos arrepender, porque o Espírito nos conscientiza do nosso pecado – João 16:7-8

Conclusão
   Pedro pregou no Pentecostes que a morte está solta no mundo, mas que ela foi vencida por Jesus Cristo, que é o primeiro que ressurgiu da morte e que todos os que crêem Nele, também vencerão a morte.
   No entanto, o pecado que em nós habita, gera um ímpeto de maldade, e a única forma de vencer este ímpeto é:
ð Arrependendo-nos, dando meia volta, admitindo que realmente somos maus e pecadores;
ð E nos submetendo a Jesus Cristo pelo batismo. Nos entregando totalmente a Ele sem procurar mais nos submeter à nós mesmos – Lucas 9:23
   A partir daí, procurando viver dirigidos e orientados pelo Espírito Santo para que possamos produzir não mais as obras da carne, mas o fruto do Espírito Santo.
   O pecado é vencido pelo Espírito Santo de Deus.
   É ele que nos faz ser novas criaturas, nascer de novo, que mesmo que ainda pratica maldade, mas não é mais a maldade malvada e nos faz tornar em “malvado bonzinho”, sem ter a maldade como guia da vida.
   A ressurreição de Jesus é o centro da mensagem cristã, pois ela abre o caminho para a ressurreição de todo o que crê, para viver eternamente no céu com o Senhor. Amém.


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