domingo, 5 de setembro de 2010

O livro de Atos 9 – A Comunidade da Ressurreição

Mensagem do dia 05 de setembro de 2010
Primeira Igreja Batista
Pr. Marcos Coelho Ramos


Texto: Atos 2:41-47

1. O projeto de Jesus
2. É possível se formos a comunidade do Espírito Santo
3. O que significa a ressurreição de Jesus?

Introdução
   O Livro de Atos é cheio de surpresas, mas é bom chamar atenção para duas coisas pelo menos:
1.  Este livro é a continuidade do ministério de Jesus, que agora está vivo em seus discípulos e continua agindo e fazendo com que o evangelho seja pregado a todos os seres humanos;
2.  Apesar de maravilhoso, não podemos fazer doutrina no livro de Atos e nem pensar que ele é uma agenda de como devemos fazer a igreja do século XXI funcionar.
   Vamos ver algumas coisas que já vimos, relembrar e afirmar para que fique bem claro em nossas mentes, e assim, venhamos a ser discípulos como Jesus deseja que sejamos.

1. O projeto de Jesus
   Ao instituir a igreja em Atos 2, no dia de Pentecostes, Deus mudou de endereço, passando a morar no céu e também no seu povo, a Igreja, que é a manifestação da presença de Deus na terra.
   No projeto de Jesus, a Igreja deveria ser diferente da sociedade onde está inserida, pois esta sociedade está cheia de “egos absolutos”, o que gera violência em todos os sentidos.
ð A Igreja deve ser uma comunidade da partilha e da comunhão, onde todos se amam, se doam e se aceitam. Comunidade formada por gente que se preocupa com o outro.
   A Igreja de Atos funciona assim, naturalmente, pois estavam sob o domínio do Espírito Santo, sem qualquer doutrina ou mandado, mas por opção, por obediência e com alegria, porque antes de darem qualquer coisa, eles se deram a si mesmos, com isso vivendo na prática o que disse o Apóstolo Paulo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou em quem vive, mas Cristo vive em mim...” – Gálatas 2:20
   Aquela igreja vivia na prática o que Jesus ensinou – João 13:34-35.
ð Por isso impactaram o mundo dos seus dias. As pessoas queriam aquele modelo de vida onde todos se amavam e se doavam com alegria.
   Será que conseguimos colocar em prática este projeto de Jesus em nossos dias?

2. É possível se formos a comunidade do Espírito Santo
2.1 – Então viveremos a experiência do Batismo do Espírito Santo em Pentecostes
2.2 – Viveremos sob o impacto da vitória de Jesus sobre a morte, porque Ele ressuscitou e nós também ressuscitaremos.
2.3 – Vamos viver na presença do Cristo vivo que vive em nós na pessoa do Espírito Santo, porque Deus mudou de endereço e agora vive e mora em nós.
2.4 – Vamos viver a experiência de vermos Cristo no outro e isso muda toda a perspectiva de sermos comunidade, isso porque consideraremos o outro mais importante do que nós mesmos – Filipenses 2:3-11
2.5 – Veremos nosso “Ego Absoluto”, que nos transforma em multidão violenta, ser crucificado com Cristo e então podermos nos transformar em uma comunidade de comunhão, da partilha, e principalmente do amor prático.
ð Vamos aprender a conviver juntos, e não somente a estar no mesmo lugar!
2.6 – Vamos nos tornar em gente que vive como gente e não como bicho. Gente com um jeito diferente de viver da sociedade em que estamos inseridos, que na realidade, é violenta por causa dos “egos absolutos” que a domina.
2.7 – Seremos uma comunidade que é e não que se preocupa em fazer ou “tem que”, pois fomos libertos por Cristo de forma de lei para uma vida em liberdade.
ð Isso tudo é fruto da nossa sedução pelo Senhor Jesus Cristo que nos levará a amá-LO de todo coração e também amar ao próximo como Cristo o ama.
ð Se fomos seduzidos e vivermos sob o impacto dessa sedução, assim como os primeiros cristãos seduziram outros para Cristo, vamos atrair gente para o evangelho verdadeiro que pregamos, mas principalmente, vivemos.
   Essa é a comunidade da ressurreição, que é marcada e impactada pela ressurreição de Jesus.
   Isso implica em que não sofremos mais? Não! Mas implica em algo realmente maravilho: Não seremos mais derrotados pelo sofrimento e em Cristo, seremos mais que vitoriosos.
   É pena que a ressurreição de Jesus deixou de causar impacto e se tornou em um marco histórico lembrado uma vez por ano. Mas se deixamos o Espírito Santo nos dirigir, tanto individualmente quanto como comunidade, vamos deixar que o impacto da ressurreição de Jesus outra vez nos domine e através dela, seremos a comunidade do povo que vive a partilha, a comunhão e o amor.

3. O que significa a ressurreição de Jesus?
3.1 – A vitória sobre o pecado.
3.2 – A vitória sobre a morte.
3.3 – A vitória sobre o sofrimento de qualquer espécie.
3.4 – A derrota do inferno e das hostes infernais.
3.5 – A mudança do endereço de Deus.
3.6 – A vida eterna, não somente para ser vivida na terra, mas trazendo o céu para dentro de nós hoje.
ð Onde foi parar tudo isso?
   Precisamos resgatar o impacto e a consciência da ressurreição, do que ela significa e a certeza de que graças à ressurreição de Jesus, um novo tempo, uma nova era, um novo dia e uma nova maneira de ser gente e viver em comunidade foi inaugurada, levando-nos a deixar de ser uma multidão violenta e nos transformando pelo poder da ressurreição de Cristo, em uma comunidade da partilha e do amor.
   O que percebemos na comunidade de Atos, é que por causa da comunhão e do amor, muitas maravilhas e milagres foram operados, a começar do milagre maior, que era a da convivência dos discípulos de Jesus em um mesmo lugar em comunhão, amor, respeito, mesmo vivendo em um ambiente cheio de conturbação e de “egos absolutos”.
   Aquela comunidade criou um ambiente propício para Deus agir.
ð O mesmo acontece em uma família. Onde não há “egos absolutos”, mas existe comunhão, Deus fica à vontade para agir e fazer maravilhas.
   Na comunidade de Atos, todos estavam realmente juntos e conviviam, porque eles se viam como membros da mesma família, ou seja: IRMÃOS. Era uma família só.
   Queridos: nossa sociedade está caminhando a passos largos para que sejamos a cada dia mais isolados e solitários.
ð A tecnologia leva-nos a ficar cada dia mais dentro de nossas casas, usando o computador, a internet, etc.
   Mas a igreja precisa ser uma comunidade que quer ser uma comunidade de irmãos e assim, podermos impactar outros.
   Aquela igreja do passado acordou a humanidade para poder ser gente de um jeito diferente.
ð E uma característica daquela igreja: havia alegria neles apesar de todas as circunstâncias adversas.
   A mutualidade ou o “uns aos outros”, os levou a atenuar o sofrimento e a ser alegres através da prática do amor e da comunhão que tinham.

Conclusão
   Irmãos, não é fácil quebrar tantos paradigmas quantos os que recebemos nestes séculos de afastamento dos propósitos e princípios que o Senhor estabeleceu para Sua Igreja. Mas podemos tentar e nos esforçar para que, a começar de cada um de nós, sejamos uma comunidade de impacto em Joinville.
ð Começa em nosso lar;
ð Continua em nossas atividades diárias: escola, trabalho, lazer convivência familiar, etc.
ð E se manifesta também em nossa comunidade, nossa igreja, que como tantas em Joinville, foi sonhada por Jesus Cristo para ser uma parte de Sua família nesta cidade.
   Se realmente cremos que somos a Igreja de Jesus nesta cidade, temos que deixar que o impacto da ressurreição de Jesus volte a nos impactar, para que permitamos ao Espírito Santo de dominar toda nossa vida, crucificando o nosso “ego absoluto”, para que assim, vivamos e convivamos não somente para nós ou para nossa família, mas possamos praticar os mandamentos recíprocos do “uns aos outros”, não porque “tem que”, mas porque amamos ao Senhor e queremos agradá-LO acima de tudo.
   Que para tanto o Espírito Santo nos motive e nos dê condições de experimentar ser comunidade da partilha, da comunhão e da prática do amor ao próximo.
   É isso que Jesus deseja e deixou-nos esse mandamento de amar ao próximo como Ele ama.
   Será que é o mesmo que queremos?
   Que cada um de nós responda por si mesmo, e depois de refletir, tome sua posição: obedecer e praticar ou não.

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