terça-feira, 13 de julho de 2010

Tema: Vivendo a vida sem desperdiçá-la (parte 1)



Mensagem do dia 05 junho 2010
Pr. Marcos Coelho Ramos

Texto: 1 Coríntios 6:19-20

Introdução
- Vamos pregar três mensagens de fundamentação e a última sobre questões práticas
- Esse um tema atual e preocupante.
Ø  Qual a essência de uma vida não desperdiçada?
- Nossa vida é breve e única, por isso, devemos vivê-la de uma maneira que vale a pena, sem desperdiçá-la.
·         Como viver este estilo de vida em 2010?
- Para pensarmos em viver uma vida não desperdiçada, temos que responder a seguinte questão: existe mesmo uma Realidade Suprema por trás de tudo o que há?
Ø  Ler o texto de 1 Coríntios 6:19-20

I – Porque devemos viver a vida sem desperdiçá-la?
- Observando como temos vivido principalmente muitos cristãos, uma preocupação toma conta:
Ø  Passam toda sua vida sem ter paixão pelo Senhor;
Ø  Pensam que para ser salvo, basta apenas crer;
Ø  Esquecem que é essencial à fé cristã que o Senhor não seja apenas salvador, mas o nosso Tesouro maior.
- Chamar Jesus de Senhor não garante nossa salvação – Mateus 7:21-23
- Crer em Jesus até os demônios crêem – Tiago 2:19
- Jesus espera dos seus discípulos muito mais do que crer em Seu Nome, pois Ele deseja que o amemos acima de tudo e de todos, com toda nossa emoção e força – Marcos 12:28-30
- O Senhor quer ser amado por nós – João 3:16-19
- A condenação é amar mais as trevas que a luz, ou amar mais as outras coisas que o Senhor.
- Fé em Cristo que não nos leva a deixar as trevas para amar a luz, é crença sem efeito.
- O Evangelho é mais que uma mera crença, mas é estar apaixonado pelo Senhor de nossas vidas.
- Infelizmente, muitos cristãos que insistem em viver a vida do seu jeito, sem esse amor de paixão pelo Senhor:
Ø  Gastam suas vidas com diversões triviais, vivendo somente em busca do seu conforto próprio e do prazer.
Ø  Buscando ainda justificar e até teologizar seus pecados.
- Não podemos desperdiçar nossa vida!
- Hoje e nos próximos domingos, vamos trabalhar no sentido de sermos incentivados a viver uma vida que glorifique ao Senhor e que a Glória Dele se manifeste ao mundo através de nós.
- Vamos buscar incentivo para que cheguemos à velhice com a sensação de não ter desperdiçado a vida, como foi o caso do Rei Salomão – Eclesiastes 2:1-11
- Queremos chegar à conclusão do Apóstolo Paulo, que o nosso viver é Cristo e que nosso morrer é lucro – Filipenses 1:21
- Como nosso viver se torna viver para Cristo? Quando vivemos priorizando edificar uns aos outros – Filipenses 1:25
- Somos o sal deste mundo, mas se perdemos o sabor, perdemos o valor e não servimos para mais nada.
- Vida Cristã é coisa séria e não devemos brincar com ela, desperdiçando-a.
Ø  Se alguém quiser aprofundar sobre este assunto, deve ler “Não jogue sua vida fora” de John Piper da Editora Cultura Cristã.

II – O ar que respiramos ou o “modus operandis” do mundo
- O que nos induz a desperdiçar a vida?
- Os anos sessenta deram início a uma filosofia de vida que até hoje, 50 anos depois, é o ar que respiramos e que permeia as nossas mentes e influencia a nossa maneira de viver!
- Os professores dos nossos filhos impregnados dessa filosofia, que tem o termo técnico de existencialismo.
Ø  O que é existencialismo? “A existência precede a essência”.
·         Primeiro eu existo, depois eu crio a minha essência;
·         Primeiro eu faço a minha existência ter valor, depois eu vou escolher livremente que essência minha vida terá;
·         Primeiro eu vivo, depois eu busco valores para comporem minha maneira de pensar e agir.
   Dessa forma, não há Deus, sentido, propósitos, ou valores fora de mim; não há essência em lugar algum, até que eu a crie.
- Não existe verdade a não ser a que eu construo.
Ø  Exemplo prático: “O que você diz não me interessa. O que importa é o que eu sinto”.
- O existencialista não vive por um padrão absoluto, mas o padrão que ele constrói de acordo com o que ele sente e acha melhor.

- Em dezembro de 1965, Os Beatles lançaram um álbum e cantaram em alto e bom som o seu existencialismo com força irresistível para a geração de alguns aqui. O nome do álbum? Rubber Soul (Alma de Borracha)! Isso ficou claro na música de John Lennon: Nowehere man:

   He´s a real nowhere man, sitting in his nowhere land,
   Making all his nowhere plans for nobody.
   Doesn´t have a point of view, knows not where he´s going to,
   Isn´t he a bit like you and me?

   Ele é um verdadeiro homem de lugar nenhum. Sentado em sua terra de lugar nenhum.
   Fazendo todos os seus planos de lugar nenhum, pra ninguém.
   Não tem um ponto de vista, não sabe aonde vai. Ele não é um bocado como eu e você?

- Existencialismo puro pregado nessa música.
Ø  Não sei de onde vim, nem para onde vou. Não há quem rege minha vida, pois eu faço acontecer.

- Como faziam acontecer? Acatando a proposta da época de “viver uma existência corajosa” que na realidade era: deixe de crer em Deus, na igreja, na família e viva. Faça sentido vivendo e curtindo a vida se sentido da melhor maneira possível.
  
Ø  Mas Deus graciosamente colocava marcos de advertência pelo caminho, e no segundo semestre de 1965, Francis Schaeffer fez uma semana de conferências no Wheaton College, que em 1968 tornaram-se o livro The God Who is There, “O Deus que está lá”, traduzido para o português como: O Deus que intervém. Livro da Editora Cultura Cristã.
- O objetivo de Schaeffer era alcançar os jovens que estavam embarcando nessa filosofia da existência sem essência, sem valores morais, éticos ou espirituais.
Ø  Sua mensagem baseada na Palavra de Deus era:
·       Deus está lá! Não aqui dentro, definido e formado pelos meus próprios desejos.
·       Deus está lá! Objetivo. Realidade Absoluta. Com padrões a serem seguidos.
·       Mensagem oposta ao existencialismo que prega não existe nada lá fora, somente aqui dentro, pois eu faço minha essência.

- Em 22 de outubro de 1965, a Revista Time publicou uma matéria que revela haver “cristãos ateístas”, como o metodista Thomas J. J. Altizer, afirmando que Deus está morto.
- Não era notícia nova! Ele havia bebido na fonte de Friedrich Nietzsche, teólogo alemão de família luterana, tinha dado a notícia do falecimento de Deus cem anos antes de Altizer: “Onde está Deus? (...) Eu lhe conto. Nós o matamos – você e eu. Todos nós somos os assassinos Dele (...) Deus está morto. Deus permanece morto e não intervém!”.
- Como morreu Nietzsche? Em desespero com medo de morrer e sofreu 11 anos em estado semicatatônico.
- Quem não reconhece Deus como Soberano e Realidade Suprema, que está vivo e intervém, cai em um de dois extremos:
1.     Desespero: Deus morreu. Não há esperança!
2.     Desperdício: Materialismo sem sentido! 
- Não há como a vida ter sentido sem Deus.
Ø  Ao lermos Eclesiastes, Salomão chega a esta conclusão: “tudo é vaidade e como correr atrás de vento”.
Ø  Somente Deus pode dar sentido e significado à nossa existência. Nossa existência não precede à essência. A essência já existia antes de nós: “No princípio era a essência”
1.     Viver sem Deus gera desespero: o que será de mim ou de quem eu amo após a morte?
2.     Viver sem Deus gera desperdício: viver o hoje e agora em diversões e trivialidades sem sentido. Hedonismo, que é o “vivendo corajosamente” de nossos dias.
- Mas é bom lembrar que um dia prestaremos contas, e o Senhor poderá dizer: “Você não me amou”.
- Deus reage ao pecado com rigor, pois é Santo e Justo. Reconhecer o pecado em nossa vida, fará com que ajustemo-nos aos valores e à vontade de Deus e a prestar contas à Ele!
Ø  Mas estamos dispostos?
  
3. A ESSÊNCIA DE TUDO
- Jesus é a essência de tudo.
- Paulo deixou isso muito claro em Colossenses 1:15-17
- As crises de nossa vida acontecem quando Cristo não é o centro dela. Então tudo sai do eixo.
Ø  Jesus é a essência de uma vida não desperdiçada.
- Respondeu Jesus: “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” – João 8:58
- Outra vez o sumo-sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”    “Sou”, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu.” – Marcos 14:61-62 
- João, inspirado por Deus, revelou que antes de tudo existir, Deus, a essência de tudo, já existia. Antes da matéria, e dos neurônios, e dos átomos, e dos hormônios, enfim, antes de tudo e de todas as coisas, existia uma mente brilhante – Deus! – João 1:1-3
- Se Cristo é a Essência de tudo o que há, e a Realidade Suprema por trás de toda existência, inclusive da minha e da sua, surgem grandes questões que precisarão de respostas:
·       Por que existimos?
- Se existe essa essência que é Deus em Cristo
- Se existe esse valor absoluto que é a Palavra de Deus 
Como devemos viver então para não desperdiçar a vida?


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